Avenida Princesa Isabel

POR: Paula Kotouc, Rodrigo Souza, Alexandre Breves, Maria Alice Santini e Patrícia França

Traçada em 1884 por Alexandre Wagner, proprietário de terras no Leme no final do século XIX, originalmente se chamava Rua Salvador Correia, em homenagem a Salvador Correia de Sá, que foi governador do Rio de Janeiro por três.  Ganhou sua importância somente em 1904, quando o então prefeito Pereira Passos realizou reformas urbanas e abriu o Túnel Engenheiro Coelho Cintra (Túnel Novo) e a Avenida Atlântica.  Dessa forma, a avenida tornou-se o principal acesso à Copacabana, até então feito somente através do Túnel Velho ou pela Lagoa.   

Em comemoração aos 50 anos da Lei Áurea, teve seu nome alterado para Avenida Princesa Isabel.  Foi uma homenagem à Dona Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bragança, a última princesa da época Imperial do Brasil, regente do império por três vezes vezes e nossa primeira senadora, cargo a que teve direito por ser herdeira do trono.  Em 1888, assinou a lei acabou com a escravidão no país. 

Em 1941, a galeria foi alargada, o que permitiu que carros também trafegassem por ela.  Até então, somente bondes passavam por lá e iam até o Posto 6.  Tal crescimento era necessário, pois na década de 1930, Copacabana passou por uma explosão populacional. 

Em 1949, foi construída uma galeria paralela, chamada de Túnel Engenheiro Marques Porto.  Foi liberada antes das obras de acabamento e trata-se do único túnel com esse estilo cuja abóbada não é revestida por azulejos

Dessa forma, a Avenida Princesa Isabel foi alargada e ganhou seu canteiro central.  Porém, ainda não tinha as dimensões atuais.  Na quadra da praia, havia o Hotel Vogue, o que impedia que a pista mais recente fosse até à praia.  Ele se localizava onde atualmente é o canteiro central, exatamente na frente do prédio que ocupa o quarteirão entre a Avenida Nossa Senhora de Copacabana e a Rua Gustavo Sampaio, no Leme.  Por causa disso, os carros eram obrigados a virar na Rua Ministro Viveiros de Castro.

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Em 1955, um incêndio destruiu o prédio e matou seis pessoas.  Tratava-se da construção mais famosa da Avenida Princesa Isabel, até a data.  Nele, existia a boite Vogue, muito frequentada na época.

                 

Na década de 1960, a avenida ganhou o traçado conhecido.  A abertura foi marcada com a construção de um obelisco na nova quadra, com uma estátua de Princesa Isabel, um lago e um jardim.  A obra era do artista Miguel Pastor.

O quarteirão da praia era diferente dos outros.  O canteiro central era diferente do resto da avenida e havia um terreno baldio, que era ocupado por uma casa.  Só houve de fato uma construção no local após a demolição do Edifício Leão Veloso, ao seu lado.  A mesma ficou pronta somente na década de 1990.  Iremos abordar esse assunto que vamos tratar no post sobre a Avenida Atlântica.  Na década seguinte, o posto de gasolina, na outra esquina, foi demolido e em seu lugar, construído o prédio que ficou conhecido por ter sido do Hotel Meridien até 2007.  Posteriormente, foi vendido para a rede Iberostar, que manteve o edifício por 1 ano.  Atualmente, está em obras e será outro hotel Windsor, o segundo na Avenida Princesa Isabel

Na década de 1970, o obelisco foi misteriosamente foram demolido. A última obra notável na Avenida Princesa Isabel foi no canteiro central, durante o Projeto Rio Cidade (1994 – 1996).  A estátua de Visconde de Rio Branco, que ficava no canteiro central, na altura na Rua Barata Ribeiro, foi transferido para a Praça Demétrio Ribeiro.  

O canteiro ganhou 13 mastros (as bandeiras foram roubadas logo após a inauguração e recolocadas em 2010), sete chafarizes, ciclovia e cadeiras, que posteriormente transformaram-se em dormitório para a população de rua.

Somente em 2003 foi colocada no local do antigo obelisco uma nova imagem da Princesa Isabel, dessa vez feita pelo artista Edgar Duvivier.

Em 2010, foi anunciado um projeto do grupo Windsor de revitalizar o canteiro central.