30 de novembro de 2010

Desembargador Izidro, o começo da Tijuca

UM POUCO DA HISTÓRIA

Em 1820, no meio rural marcado pela presença de chácaras, mansões e solares na região, existia a Fábrica de Chitas, considerada uma das primeiras fábricas do Brasil. Próximo existia o Largo da Fábrica, localizado entre dois caminhos: o Caminho do Andaraí Pequeno (atual Rua Conde de Bonfim) e a Travessa do Andaraí, uma das ruas mais antigas da região, aberta em 1820, era o caminho para chegar até a Fábrica. Esta rua que antes se chamou Rua da Fábrica das Chitas é atualmente a Rua Desembargador Izidro.

O núcleo conhecido como Bairro da Fábrica das Chitas foi o primeiro foco de urbanização da região, que era dominada por grandes propriedades. A Fábrica (que na realidade não fabricava nada, apenas estampava tecidos vindos da Índia) se manteve em atividade por apenas vinte anos, mas seu nome permaneceu por um século. Em 30 de abril de 1911, o Largo da Fábrica das Chitas, se transformou na Praça Saens Peña, nome dado em homenagem ao Presidente da Argentina.


A RUA HOJE


Atualmente, a Rua Desembargador Izidro é uma via com extremidades opostas: de um lado encontra-se uma área residencial onde vilas e edifícios, modernos e antigos, convivem em harmonia, a maioria cuidadosamente enfeitados por jardins floridos, e do outro lado, um pólo de comércio bastante intenso e movimentado, localizado nas margens da Praça Saens Peña. Bastante conhecida na região, a rua abriga uma das entradas do famoso e histórico Tijuca Tênis Clube, assim como outros estabelecimentos de importância regional, uma unidade de Posto Municipal de Saúde e a sede da VII Região Administrativa (Tijuca). A rua começa na esquina com a Rua General Roca, em frente à Praça Saens Peña - um dos principais pólos comerciais da cidade do Rio de Janeiro - e termina nos arredores da Rua José Higino e do colégio Batista Shepard, onde é possível perceber no horizonte parte da vegetação da Floresta da Tijuca. Mais tijucana, impossível!


QUEM FOI?

Izidro Borges Monteiro, o Desembargador Izidro, era proprietário de terras, capitalista e chefe de polícia da corte. Nascido em 1825, recebeu os títulos de Cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo (1854) e da Imperial Ordem da Rosa (1874). Prestou serviço como presidente da comissão dos moradores da Paróquia do Engelho Velho (região da Tijuca nos dias de hoje), além de participar da direção de outros estabelecimentos, como o Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro e o Cassino Fluminense. Izidro Borges Monteiro morava no número 20 da rua, que antes mesmo de sua morte, em 1890, já levava seu nome.
ANTES
Começo da Rua Desembargador Izidro, 1933


DEPOIS
Começo da Rua Desembargador Izidro, 2010
Taíssa Brasil

Um comentário:

  1. O desembargador Isidro era descendente dos povoadores do Rio de Janeiro António de Mariz e Tomé de Alvarenga, por via de sua mãe, Maria Faustina Alves de Oliveira. Era sexto-neto de António Alvarenga de Mariz com Catarina Lopes, pais de Catarina de Alvarenga, casada com Bernardo da Silva Senna, senhor do engenho do Guandú-mirim. Era neto, por esta via, de Bento José Alves de Oliveira, quartel-mestre honorário do Regimento Velho de 1794 e senhor do engenho do Tinguá.

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