28 de novembro de 2010

Murmurinhos da Timóteo da Costa (parte 2)

por: Rafael Vargas

  É impossível falar da rua Timóteo da Costa, sem mencionar o nome do tradicional Clube Federal, que fica situado no número 988. Localizado no ponto mais alto da ladeira, vai uma dica para quem quiser subir a pé: se você tem o preparo físico de um maratonista ou está pagando alguma promessa, vá em frente, mas se for  fumante, cardíaco ou simplesmente não quiser chegar ao clube em estado lastimável, é melhor pegar um táxi ou esperar um ônibus. Apesar da altura de sua localidade, o Federal é um clube frequentado diariamente por muitos sócios e guarda boas histórias das festas em suas boates.
  A professora de Educação Física, Sandra Gomes, de 56 anos, relembra os tempos em que "balançava o esqueleto ao som dos Bee Gees, na boate do clube. "Pra te falar a verdade, eu ia lá mesmo sendo menor de idade, tinha uma carteirinha falsa. Eu gostava da agitação, era um tempo mais inocente, a gente não ficava com todo mundo como é hoje, o homem pra chegar, tinha que conquistar mesmo", brinca a ex-frequentadora. Além da movimentada pista de dança, o Federal abrigou famosos concursos de fantasia de carnaval, há tempos atrás.
  Porém, a história do clube ficou um pouco manchada com o occorido no dia primeiro de Dezermbro de 2007. Enquanto jogava bola no campo de futebol do clube, o menino Hugo, de 12 anos, foi atingido por uma bala perdida, na cabeça. O garoto foi levado às pressas para o hospital, mas uma semana depois não conseguiu resistir ao ferimento e faleceu. Há quem diga que o disparo possa ter vindo de algum morador enfurecido com o barulho dos jogos noturnos.

Visão do campo de futebol, onde o jovem foi atingido.

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