29 de novembro de 2010

Famosa por abrigar lojas luxuosas, Rua Garcia D'Ávila é reduto de "bacanas"


Por Patricia Esteve e Guilherme Lima

Localizada em um dos bairros mais charmosos e sofisticados do Rio de Janeiro, a Rua Garcia d'Ávila pode ser considerada a Oscar Freire da Cidade Maravilhosa. Com suas grandes lojas com artigos de luxo, além de marcas conhecidas do mundo da moda - nela estão grifes como H. Stern (jóias), Louis Vuitton e Puma, além do Museu da Amsterdam Sauer -, a rua, que começa na Lagoa Rodrigo de Freitas e termina na Praia de Ipanema, funciona quase que como um shopping - para um grupo seleto - a céu aberto.

Fábia, de 30 anos e moradora do local desde que nasceu, diz que ficou espantada com o crescimento, em termos de investimento comercial, nos últimos anos. Segundo ela, as coisas eram bem diferentes há pelo menos usn quinze anos atrás. "Não havia tantas marcas estrangeiras e era menos movimentado. Hoje a Garcia é sinônimo de glamour", disse.
Já Jaqueline, 25, que trabalha há alguns meses na Amsterdam Sauer, adora a "confusão" que o trecho proporciona. Para ela, essa variedade de lojas em pouco espaço mostra que o mercado só está crescendo e, a cada dia, mesmo focado em um público com alto poder aquisitivo, está crescendo mais e proporcionando novidades para a clientela. "Aqui é perto de tudo e tem muita variedade. Em cinco minutos resolvo tudo que quero. Gosto de trabalhar em um lugar bem localizado, além de ter a oportunidade de prestar atenção na moda, que é o que estou fazendo na faculdade", contou.

E quem pensa que em lugar de bacana não tem confusão, está muito enganado. Lourdes, que trabalha perto do local, já presenciou um momento tenso. "Foi horrível. Eu estava andando e, de repente, dois meninos passaram e levaram a bolsa de uma senhora. As pessoas ainda se mobilizaram, mas ninguém conseguiu recuperar as coisas dela". 

O personagem que dá nome a rua foi filho de Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil. Em 1557, d'Ávila já era considerado o homem mais poderoso da Bahia e possuia a Casa da Torre, localizada entre Itapuã e o Rio Real, em Tatuapara. A propriedade é considerada um dos maiores latifúndios da história, somando quatorze léguas de terras.

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